Amigo

Um fato Veridico, é isto mesmo , aconteceu comigo e com o Ednilson Capuvilla, olha se eu resolver escrever uma cronica pra cada fato que eu passei com este meu amigo daria pra escrever um livro, vamos lá:
A noite é uma criança. Mas vá explicar isso para um garçon lá do Makey.
- Senhores, vamos fechar daqui a pouco...
- E aquela história de ficar aberto até o último cliente ir embora?
- Mas os senhores são a última mesa. E a penúltima foi embora há duas horas, junto com o cozinheiro.
- Já faz tanto tempo assim? Espera: o cozinheiro já foi?
- Já sim. Mas os senhores podem ficar à vontade.
Imagina a cena, Galera : dois amigos, ligeiramente bêbados, às 2h da manhã, sentados num restaurante, daqueles meia boca,, só que metido a restaurante de luxo.. Só nós dois no restaurante. Os garçons em volta da mesa falando sobre como era demorada a volta para a casa. Uma tentativa clara e mesquinha de tentar convencer os amigos a ir embora.
Veja bem: os dois naquele momento sagrado em que você encara cada copo vazio como uma pequena vitória e um daqueles caras de gravata borboleta dizendo "Ir pro Picerno agora? Tá louco..." com o outro respondendo "Isso não é nada, tenho que ir pro Jardim Amanda. Duas conduções . Chego lá no Faustão."

- Como ficar à vontade com vocês secando a gente?
- Calma, Jairão!
- Como calma, Ednilson?! Os caras estão expulsando a gente dessa espelunca!
- Tá! Então vamos embora dessa "espelunca" porque depois dessa vão cuspir no nosso chopp.
- Foi mal...
- Relaxa! Pra onde?
- Vamos pro Café ( Café Expresso um barzinho com musica ao vivo lá em Sumaré, que tambem não existe mais)
- Tá maluco? A porção de frango à passarinho de lá é safada pra cacete.
- Mas você quer comer frango à passarinho agora, Jairão?
- Não. Mas prometi pra mim mesmo que não ia lá Hoje. Vamos pro Danucci?.
- Ah! Acho que já fechou. Lá fecha cedo desde que a gente ficou brincando de vira vira, até as 3h e tanto da manhã, o Laerte tambem colocou a gente pra fora la, lembra?
- Putz! Mas essa não era a Saideira?
- Nós nem pedimos a Saideira , sacanagem o Pier ta tocando a Gente
- Pode crer.....ô bigode , ô bigode , fecha a conta que nós vamos embora desta bosta...
E ficamos ali algum tempo discutindo onde aquela noite terminaria. O bar perfeito pra saideira tinha que ter bom atendimento, ser perto dali, chopp gostoso, preço bom, e é claro torresmo (nada de bacon!). Ah! E tudo isso às 3h da manhã.
O problema é que as opções iam surgindo e nada de chegar ao veredito. Até que o Ednilson, levanta de sua cadeira, olha pra mim dentro dos meus olhos e dispara:

- Meu amigo! Em minha pequena, mas intensa experiência como pinguço, aprendi que na boemia, assim como no amor, não se pode escolher.
- vamos para o café expresso que lá eu sou bem atendido, ninguem me põe pra fora fico lá até amanhecer
E eu fiquei quietinho, depois de tal pensamento profundo, resolvi acompanhar
Nesse momento, até os garçons já tinham puxado uma cadeira para ouvir as sábias palavras do Bebunzão. montamos no carro e fomos direto pro Café, paramos o carro do outro lado da rua, e quando começamos a atravessar a avenida correndo, do outro lado o garçom corria pra fechar a porta, e ele chegou antes.
O Ednilson indiguinado tentou dialogar:
- Pô você não vai deixar a gente entrar?
- Não senhor estamos fechando.
- mas tá cheio de gente ai dentro
- Quem estiver aqui dentro sera servido,, e não entra mais ninguem.
Ah, mais não deu outra, todo mundo da cidade já conhecia as nossas bebedeiras, quem deixaria a gente entrar as 3 da manhã pra beber.(risos) , ninguem é louco né.
Brigamos com o garçom, discutimo, negociamos , mas não teve jeito não deixaram a gente entrar.
Derrepente olha pra mim dentro dos meus olhos e dispara: - ... eu preciso mijar urgentemente!
Conclusão fomos pro cidão lanches , o pior lugar do mundo pra tomar uma cerveja as 3 da manhã lá o copo era tão sujo que vc nunca sabia se o copo estava cheio ou vazio, mas a vantagem é o atendimento, foi VIP , mas tambem não tinha mais ninguem lá. moral da historia o importante não é o local mais sim a companhia


Jairo Gudzowskyj Brandão