Tenho andado em labirintos gigantes em mim mesmo, faz um tempo que o observo uma porta no final de um corredor escuro.
Nunca fui muito explorador porque o medo sempre sobrepujou qualquer centelha de coragem que eu viesse ter.
Com receio, decidi seguir até o fim dessa fez.
Abrir essa porta foi difícil, o estômago revira com a curiosidade e com o receio.
Descobri que era só mais um quarto com muita bagunça, pensei em ignorar o caos (como tenho feito há tanto tempo), mas, por algum impulso decidi seguir em frente.
Acho que é assim que a solidão se parece: um quarto cheio de lembranças amontoadas mas sempre com espaço pra mais.
Caminho entre o caos, e é como dançar na penumbra das luzes de velas: a princípio assustador mas, conforme os olhos se acostumam com a pouca luz, torna-se um dos cenários mais bonitos de liberdade.
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